Orgulho de Ser Gaúcho
Comidas Típicas
Culinária Gaúcha
O minuano que atravessa o Rio Grande do Sul no inverno, é tão forte que congela os pampas e castiga os gaúchos, somente com uma alimentação rica em calorias, repletas de carnes gordas, carreteiros bem fortes e sopas quentes, dão ânimo para enfrentar um frio tão intenso.
O churrasco é o prato típico do gaúcho, presente nos finais de semana e em dias festivos. O arroz "carreteiro" também compõe a tradicional cozinha gaúcha. Outros pratos, como o feijão mexido (feijão misturado com farinha de mandioca), o quibebe (purê de moranga), a "roupa velha" ( sobras de carnes com ovos mexidos), o espinhaço de ovelha", o charque com mandioca, a paçoca de pinhão com carne assada, a couve refogada, o arroz com galinha, o "puchero" (cozido de carne com legumes) e o peixe, fazem parte da culinária rio-grandense. Além disso, os pratos feitos por gaúchos caçadores envolvem perdizes, patos e animais de médio porte, como a cutia e o capincho.
História
O charque
Antigamente, o atual território do Rio Grande do Sul era habitado pelos índios, os guaranis, que viviam da caça e da pesca. Ocupavam as margens da lagoa dos Patos, o litoral norte e as bacias dos rios Jacuí e Ibicuí incluindo a região noroeste; os pampeanos, que ocupavam a região sul e sudoeste e os gês, talvez os mais antigos habitantes no lado oriental do rio Uruguai. Como tentativa de retirar os índios da mata para poder catequizá-los, os jesuítas introduziram no Estado o gado. Os índios passaram então a tomar conta do rebanho, que era criado solto, e comer sua carne tendo sempre farta comida a sua disposição e em troca aprendiam com os jesuítas a cultura européia e construíam casas, surgiram assim as Missões.
Com a entrada dos tropeiros de São Paulo e Minas Gerais no Sul, os índios foram caçados e levados como escravos e os jesuítas voltaram para a Europa. O gado, como era criado solto, continuou a se reproduzir e se espalhar pelo sul do continente, pois não havia um predador para caçá-lo.
Quando os tropeiros voltaram para o Rio Grande do Sul havia milhares desses animais, o gado selvagem. Começaram, então, a matá-los para extrair-lhes o couro crú, que era levado e vendido nos outros Estados. Para conservarem a carne que sobrava e a usarem como alimento em suas longas viagens, os tropeiros começaram a conservá-la rolando-a em sal grosso para desidratá-la, surgindo assim, o charque.
Arroz de Carreteiro Gaúcho
Ingredientes:
½ quilo de arroz
1 quilo de charque bovino
1 colher (sopa) de cheiro-verde picado
4 xícaras (chá) de água
1 dente de alho picado
2 ovos cozidos picados
2 cebolas picadas
Modo de Preparo:
Cortar o charque em cubos pequenos e fritar numa panela de ferro preaquecida por 10 minutos, até soltar a gordura. Acrescentar a cebola picada e o alho e mexer até refogar. Adicionar o arroz e continuar mexendo. Em seguida, acrescentar as 4 xícaras de água. Mexer bem e tampar a panela, até cozinhar o arroz. Na hora de servir, colocar o ovo picado e o cheiro-verde por cima. Na véspera do preparo da receita, deixar o charque de molho dentro da geladeira, trocando a água periodicamente, para retirar o excesso de sal.
Arroz de china pobre
Ingredientes:
500 gramas de arroz
500 gramas de lingüiça
600 ml de água quente
30 ml de óleo
sal a gosto
Modo de Preparo:
Cortar a lingüiça em rodelas grossas e dourar em óleo quente. Acrescentar o arroz, mexendo bem. Adicionar a água. Provar e verificar o tempero. Se desejar, acrescentar pimenta. Tampar a panela e abaixar o fogo. Quando a água secar, estará pronto. O arroz pode ser servido com salsa, cebolinha e ovos cozidos bem picados.
Chimarrão
Modo de Preparo:
1º) Colocar a erva-mate na cuia, aproximadamente até 2/3 de sua capacidade.
2º) Tampar a boca da cuia com a mão, e virar com a boca para baixo. Fazer leves movimentos para cima e para baixo.
3º) Inclinar a cuia mais ou menos 45º e retirar a mão, fazendo com que os palitos da erva fiquem na parte inferior (cestinho da cuia), formando uma trama que facilitará a entrada de água na peneira da bomba.
4º) Na mesma posição anterior, despejar água fria ou morna (água fervente queima o mate, dando um gosto amarguento) até encima da erva, que não deverá ser molhado. Aguardar até que a água seja absorvida (2 a 3 minutos).
5º) A colocação da bomba é um momento decisivo no preparo de um bom chimarrão. Tapando o bocal com o polegar, introduza a bomba no lado cheio d'água da cuia, até o fundo do cestinho. Com movimentos de pulso, procurar a melhor posição, para que a bomba fique firme. Retirar o polegar e observe o nível da água, que deve baixar alguns milímetros. Isso prova que o chimarrão está desentupido.
6º) Com a cuia na posição vertical, colocar água quente. A temperatura ideal da água é 64 graus, obtida quando a chaleira começa a chiar.
7º) Pronto. O primeiro mate pode ser ingerido, não há nada de mal nisso, porém alguns mateadores costumam cuspi-lo fora até ouvir o "ronco" da cuia. Isso porque o primeiro mate não é o mais saboroso e a bomba retém resíduos de pó da erva.
Churrasco
Ingredientes:
1 quilo de lombo cortado em bifes ou 1 e ½ quilo de bisteca de filé, com osso
6 colheres de (sopa) de vinho tinto
1 pimenta vermelha picada
1 colher de (sopa) de sal
Modo de Preparo:
Temperar de véspera, toda a carne, bife por bife, com uma mistura de sal, óleo, vinho e pimenta. Deixar a carne de molho até a hora de grelhar. Cuidar para que a brasa não esteja muito forte, para que a carne asse por inteiro. Enquanto a carne estiver assando, regue-a (com uma colher), com o resto do molho em que ela foi temperada. Depois de pronta, sirva-a com o molho de churrasco.